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sábado, 7 de junho, 2025
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Consulta pública sobre regulação de redes sociais segue aberta até 17 de junho

Soberania, direitos humanos e liberdade de expressão estão entre temas

O Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br) abriu, nesta semana, uma consulta pública para receber contribuições da sociedade sobre os princípios que devem orientar a regulação de plataformas digitais de redes sociais no país. A participação está disponível até o dia 17 de junho, por meio da plataforma Diálogos.

A proposta preliminar, elaborada pelo comitê, apresenta dez princípios fundamentais que, segundo os organizadores, devem nortear a criação de um ambiente digital mais seguro, transparente e alinhado aos direitos dos usuários.

Os dez princípios propostos são:

  1. Soberania e segurança nacional;
  2. Liberdade de expressão, privacidade e direitos humanos;
  3. Autodeterminação informacional;
  4. Integridade da informação;
  5. Inovação e desenvolvimento social;
  6. Transparência e prestação de contas;
  7. Interoperabilidade e portabilidade;
  8. Prevenção de danos e responsabilidade;
  9. Proporcionalidade regulatória;
  10. Ambiente regulatório e governança multissetorial.

Debate necessário

Em nota, a coordenadora do CGI.br, Renata Mielli, reforça que a participação da sociedade é essencial para garantir que a regulação atenda às necessidades e desafios atuais do ambiente digital. “Nosso entendimento é que esses princípios devem equilibrar o poder das plataformas com a responsabilização por efeitos nocivos causados à sociedade, garantindo transparência, proporcionalidade, respeito à diversidade e aos direitos humanos”, afirma.

O que está em discussão?

O documento que embasa a consulta define redes sociais como serviços digitais que permitem a criação, publicação, compartilhamento e circulação de conteúdos gerados pelos usuários, além de promover a interação social entre indivíduos, grupos e perfis públicos.

O material destaca ainda que essas plataformas operam com modelos de negócios baseados em publicidade e serviços pagos, assumindo papel central na formação de redes de informação, expressão, influência e mercados.

Segundo o CGI.br, a proposta de regulação busca assegurar que as plataformas digitais operem dentro de um marco que proteja a soberania nacional, os direitos fundamentais, a liberdade de expressão e a integridade do ambiente informacional, sem abrir mão de fomentar a inovação e o desenvolvimento social.

Como participar?

A sociedade pode ar o texto completo da proposta na plataforma Diálogos, onde também é possível enviar sugestões, críticas e comentários até o dia 17 de junho. Após essa etapa, as contribuições serão analisadas e poderão servir de base para futuras discussões legislativas e regulatórias sobre o tema no Brasil.

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